quinta-feira, 25 de julho de 2013

Conferência Nacional dos Bancários, pouco avança e mantém pauta rebaixada como em anos anteriores


Conferência Nacional dos Bancários, sinaliza que só haverá mudanças 
com pressão da base


Fim da Conferência Nacional d@s Bancári@s, em São Paulo. A última votação 
da pauta de reivindicações para a campanha salarial foi sobre o índice de reajuste. 
A articulação sindical, mais uma vez, defendeu um índice super rebaixado de 
inflação mais 5% de "aumento real", que não reflete as perdas salarias da 
categoria bancária nem a rentabilidade do sistema financeiro e que protege o 
governo e os banqueiros. A ousadia e a mobilização, que marcam o momento atual 
que vivemos no país, ficou gravada apenas nos materiais da Conferência.

Todas as outras forças do movimento (CSP-Conlutas, Bancários Podem Mais, 
Intersindical, CTB, CSD,...) se uniram em torno do índice de 18%. Gritamos juntos: 
"Ousadia é lutar por 18% já!" Infelizmente, a articulação ganhou a votação.


Numa conferência burocratizada e antidemocrática desde a eleições dos delegados 
nos Estados, a articulação contou com os votos dos levantadores oficiais de crachá 
que parecem robotizados, sem consciência. Mas a conjuntura mudou... E "Art pode 
esperar...o bancário não vai perdoar!" Que venha a campanha salarial! Vamos 
todos às assembleias de base, o fórum legítimo e democrático d@s bancári@s, 
barrar o governismo e o burocratismo da articulação! Vamos aproveitar o ânimo 
que vem das ruas e dar um novo rumo à nossa campanha salarial.

Divulgado calendário de lutas da campanha salarial dos bancários


A 15ª Conferência aprovou ainda um calendário de luta que mescla o engajamento da categoria tanto na Campanha Nacional dos Bancários quanto na pauta de reivindicações da CUT e demais centrais sindicais. Confira:

Até 29/7 - Realização de assembléias para aprovar a pauta definida na 15ª Conferência.

30/7 - Entrega da pauta de reivindicações à Fenaban.

6/8 - Dia Nacional de Luta contra o PL 4330.

12 e 13/8 - Mobilizações em Brasília para convencer os parlamentares a rejeitarem o PL 4330.

22/8 - Dia Nacional de Luta dos Bancários, com passeatas no final do dia.

28/8 - Dia do Bancário, com atos de comemoração e de mobilização.

30/8 - Greve de 24 horas, em defesa da pauta geral dos trabalhadores apresentada ao governo e ao Congresso Nacional apresentada pela CUT e demais centrais sindicais.

FONTE: CONTRAF CUT

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Principais itens aprovados na 15ª Conferência Nacional dos Bancários para a Campanha Salarial dos Bancários 2013

• Reajuste salarial de 11,93% – 5% de aumento real, além da inflação projetada de 6,6%;

• PLR – três salários mais R$ 5.553,15;

• Piso – R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese);

• Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá – R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional);

• Melhores condições de trabalho com o fim das metas individuais e abusivas e do assédio moral que adoece os bancários;

• Emprego – fim das demissões em massa, ampliação das contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações e contra o PL 4330 que libera e precariza as condições de trabalho, além da aprovação da Convenção 158 da OIT (que inibe dispensa imotivada);

• Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) – para todos os bancários;

• Auxílio-educação – pagamento para graduação e pós;

• Mais segurança nas agências bancárias e proibição do porte das chaves de cofres e agências por bancários;

• Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de trabalhadores afro-descendentes;

• Pauta geral: fim do fator previdenciário, contra o PL 4330, pela reforma política, reforma tributária, pela democratização dos meios de comunicação, mais investimentos para a Saúde, para a Educação e transporte público de qualidade, além da regulamentação do Sistema Financeiro Nacional.

FONTE: SIND BANC SP OSASCO E REGIÃO

Rede de Comunicação dos Bancários - 21/7/2013

domingo, 21 de julho de 2013

No Encontro Nacional do MNOB, bancários defendem reajuste salarial de 20%


Nos dias 6 e 7 de julho, bancários ligados ao Movimento Nacional de Oposição Bancária (MNOB) se reuniram no Rio de Janeiro para discutir os rumos da campanha salarial que se avizinha. O MNOB reúne trabalhadores que não se vêem representados pelos sindicatos e entidades ligadas à CUT, central sindical pelega cujo objetivo, hoje, não é lutar pelos direitos da classe trabalhadora, mas sim preservar o governo do PT e, sempre que possível, arranjar um cargo figurativo (bem) remunerado em alguma estatal.


A seguir, apresentamos algumas das resoluções, sendo a principal delas o reajuste salarial de 20%, que corresponde à lucratividade média do sistema financeiro no período.

Estabilidade no emprego para todos os bancários: Chega de demissões!

Fim das metas e do assédio moral: a pressão pelo cumprimento de metas é uma das principais causas de adoecimento entre os bancários.

Fim dos correspondentes bancários e todas as terceirizações: os correspondentes são braços terceirizados dos bancos; enquanto os bancos puderem pagar essa mão de obra mais barata, não vão contratar mais funcionários.

PLR: 25% do lucro líquido distribuídos linearmente para todos os bancários.

Além disso, vamos lutar pela jornada de 6 horas sem redução de salários e, ainda, pela isonomia de direitos entre os empregados da Caixa e para os incorporados pelo Banco do Brasil.

Veja aqui, na íntegra, o Caderno de Resoluções do Encontro Nacional do MNOB.

– 16/07/2013

terça-feira, 16 de julho de 2013

Venda casada e muita enganação no "Minha Casa Melhor"

Um engodo contra milhões de brasileiros pobres é o programa "Minha Casa Melhor" do governo federal, operado pela Caixa Econômica Federal.

Criado para satisfazer a sanha eleitoreira dos partidos do governo federal e a ganância do BANCO Caixa Econômica Federal mais do que aos mutuários do programa minha casa minha vida, da faixa 1 (baixa renda).

Vejamos como os pobres estão sendo enganados, os empregados das agências vilipendiados e o governo federal e a Caixa beneficiados:

1) O telefone 0800 726 8068, divulgado pelo governo federal e pela Caixa como sendo o canal para os interessados solicitarem o cartão do programa, simplesmente quando alguém liga, o manda comparecer a uma agência da Caixa.

2) As agências da Caixa também não atendem as solicitações de emissão do cartão e mandam os que as procuram ligarem para o 0800, isso porque os empregados da Caixa, simplesmente também não tiveram as orientações corretas... se é que existe uma orientação correta. A princípio, parece que não.

3) Como se não bastasse essa confusão a que os interessados são submetidos, é de se repudiar também que na agência em que trabalho, a ordem para não se fazer mais nenhum contrato de solicitação do cartão, a partir de hoje, veio diretamente da gerente geral da unidade, o que contradiz as próprias informações divulgadas pela Caixa, no hotsite oficial do programa que dá as opções de o interessado ligar para o 0800 OU dirigir-se a uma agência da Caixa.

4) A famigerada "venda casada", prática que é proibida por lei, é feita descaradamente pelo banco, a partir do momento que vincula a obrigatoriedade de o interessado no cartão "Minha Casa Melhor", que nada mais é do que um empréstimo, à abertura de uma "conta fácil", que nada mais é que uma conta corrente, não lhe dando a opção de não abrir a conta.

5) Essas contas, inclusive, foram abertas em lote pelo banco para todos os mutuários do PMCMV cadastrados nos sistemas da Caixa, sem o prévio conhecimento dos mutuários e antes mesmo que tivessem manifestado interesse em aderir ao programa Minha Casa Melhor, caracterizando a má fé do banco.

6) No hotsite oficial do programa encontramos várias vezes a informação de que o cartão do programa chegaria à casa do mutuário em NO MÁXIMO dez dias, porém, não houve nenhum caso em que o cartão tenha chegado nesse prazo, enquanto que o cartão da conta (aquela, da venda casada e aberta em lote) tem chegado aos montes, todos os dias nas agências, via correios, logicamente, sem os mutuários saberem que há uma conta bancária aberta em seu nome.

7) Outra panacéia é a restrição das compras possíveis pelo programa de ítens de valores muito baixos para produtos de primeira necessidade na mobília de uma casa, como sofá de R$ 375,00, cama de casal de R$ 370,00, de solteiro de R$ 320,00, guarda roupa de R$ 380,00, mesa com cadeiras de R$ 300,00 e valores elevados para produtos que não são prioritários, como televisor de R$ 1.400,00 e notebook ou computador de R$ 1.150,00, sendo que a tal lista sequer contempla armário de cozinha e gabinete de pia que são moveis de primeiríssima necessidade na cozinha.

É uma descarada exploração da boa fé, da desinformação e ingenuidade do povo pobre do Brasil esse programa, que, sem perceber o engodo, ainda veem com bons olhos o programa e com certeza renderão muitos votos na próxima eleição aos partidos que estão no governo e muito lucro à Caixa Econômica Federal.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Os bancários no dia 11

O dia 11 foi uma das maiores paralisações da classe trabalhadora realizada no país. Não haveria melhor maneira para nós bancários iniciarmos nossa campanha salarial que participando de uma paralisação geral da categoria.  A categoria bancária por sua tradição de luta e pelo seu peso na economia nacional poderia ter jogado um papel importante no dia 11. Infelizmente a CONTRAF/CUT não indicou a realização de assembleias e a paralisação geral da categoria bancária.
Mas em vários locais, sindicatos ligados a nós do MNOB/CSP-CONLUTAS, CTB, CSD, Bancários Podem Mais, os sindicatos romperam o bloqueio da direção majoritária da CONTRAF e realizaram paralisações de 24 horas. Foi o caso do sindicato do Rio Grande do Norte, Bahia, Espírito Santo, SEEB-Pará, Santa Maria e Porto Alegre. No Pará, a AEBA (Associação dos Funcionários do Banco da Amazônia) organizou a paralisação que teve forte adesão dos funcionários.  Em São Paulo a diretoria do sindicato chegou ao ponto de convocar uma assembléia para véspera  sem que o dia 11 estivesse na pauta. Apresentamos na assembléia uma exigência que o assunto fosse discutido e apresentamos a proposta que os bancários de SP se somassem a mobilização e parassem por 24 horas. Como era uma assembléia muito pequena, com poucos colegas de base e muitos dirigentes sindicais, a proposta não foi aceita.  No Rio e Belo Horizonte o sindicato nem realizou assembléia para discutir o assunto.  Mas em SP os delegados ligados a oposição realizaram atos com paralisações das  onze ao meio dia no Complexo São João do BB e na CEF do Brás. No Rio fizemos ato no Andaraí onde houve uma importante participação de terceirizados. Em BH, nós realizamos um ato no prédio da CSL. No Rio e em São Paulo, os sindicatos, sem qualquer preparação anterior com a categoria, parou somente os bancários das Avenidas Rio Branco e Paulista, onde ocorreram as passeatas.
Com a postura que teve no dia 11, a CONTRAF/CUT demonstra que  pretende repetir o scripit das outras campanhas salarais e evitar unidade com o conjunto da classe trabalhadora, porque sabe que existe uma grande chance de que a campanha salarial saia dos trilhos e que se choque contra o governo e ela perca o controle. O MNOB / CSP-Conlutas fará de tudo para que isso não aconteça. Nesta campanha salarial, queremos conquistar muito mais que 1% de aumento acima da inflação como tem acontecido nos últimos anos. Para isso, é preciso organizar a categoria e somar forças com o restante da classe trabalhadora, que começa a ir às ruas para questionar a política econômica do governo.
 
Bento Jose C. D Ferreira
Executiva do MNOB

quinta-feira, 11 de julho de 2013

GOVERNISMO dos Sindicatos da CUT IMPÕE FALTA DE APOIO ÀS LUTAS DOS BANCÁRIOS

Neste dia 11 de julho, quando se esperava um histórico e jamais visto tão grande dia de greves, paralisações e manifestações de trabalhadores em todo o Brasil, infelizmente a CUT apenas faz jogo de cena. Apesar de ter participado da reunião com as demais Centrais Sindicais no dia 27 de junho e concordado com a convocação conjunta das manifestações de hoje, simplesmente a CUT faz estardalhaço na mídia, mas não convoca seus sindicatos filiados para organizar e mobilizar suas bases.

Sindicalismo governista é isso. Finge estar a serviço dos trabalhadores, mas, seu atrelamento político ao governo impõe a falta de apoio e o retrocesso na organização e luta dos trabalhadores e, com isso, a derrota frente aos patrões e ao governo.


Exemplo: Em Mogi das Cruzes e região, o Sindicato dos Bancários, dirigido pela CUT, sequer passou nas agências bancárias para conversar com os bancários sobre o dia 11.


Fora governistas dos nossos sindicatos. Sindicato tem de ser de oposição!

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Protestos em disputa

Há nos atuais protestos de rua no Brasil dois lados em disputa. Um dos mais pobres que iniciou toda a onda que foi o MPL (Movimento do Passe Livre) e outro, reacionário, de direita, que se organizou rapidamente após o início dos protestos, percebendo que o movimento iniciado pelo MPL tratava-se de um movimento de esquerda, travando a inevitável luta de classes inerente ao capitalismo, a luta da classe trabalhadora contra a classe dominante.

A vitória ainda não é possível saber de que lado será após o arrefecimento de toda a mobilização e dependerá muito da capacidade de mobilização das suas respectivas categorias por parte do movimento sindical que, conjuntamente está convocando uma GREVE GERAL para o dia 11 de julho.

Uma coisa é certa, se o movimento sindical organizado e de esquerda, que nasceu das lutas contra o golpe militar de 64 e consequentemente contra o governo da ditadura militar que durou 21 anos perder essa batalha, o grande derrotado será a classe pobre do Brasil.