sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Cobrança de metas é uma das principais causas de licença saúde entre os bancários, mas a Fenaban "tá nem aí"

Recente enquete feita pelo Sindicato dos bancários de São Paulo em seu site apontou que o modelo de gestão dos bancos baseada na cobrança por cumprimento de metas de seus empregados é grande responsável por afastamentos causados por doenças relacionados ao trabalho.

Dados do INSS também apontam que dos 21 mil bancários afastados do trabalho atualmente por licença médica, mais da metade refere-se a doenças relacionadas ao trabalho.

A pressão para cumprimento de metas é apontada como um dos principais motivos de adoecimento entre os bancários, mas, na ultima rodada de negociações da Campanha salarial, a FENABAN insistiu que não iria discutir metas porque isso seria interferir na gestão dos bancos.

A verdade é que quando não há luta, não há negociação de forma alguma. Mas, se as entidades de classe dos bancários se empenharem seriamente em organizar e mobilizar os bancários para uma forte greve, todas as nossas reivindicações podem ser transformadas em conquistas.

domingo, 11 de agosto de 2013

PL 4330: a luta é pelo arquivamento do projeto e não para “melhorá-lo”

O PL (Projeto de Lei) 4330, das terceirizações, está em tramitação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, onde deve ser votado no dia 13 de agosto. Caso aprovado, segue para o Senado.

O PL permite a terceirização em atividades essenciais de empresas públicas e privadas, prevê o fim da “responsabilidade solidária” (que transfere à empresa contratante a obrigação de garantir os direitos trabalhistas caso sejam desrespeitados pela contratada), e não garante a isonomia de direitos entre terceirizados e trabalhadores diretos.

O andamento desse projeto está num momento decisivo. Empresários e políticos pressionam para que seja votado no Congresso Nacional. As centrais sindicais exigem seu arquivamento. Afinal, o país já vive uma situação extrema de precarização do trabalho com redução de salários, direitos e benefícios em decorrência da terceirização.

Existem cerca de 10 milhões de terceirizados no Brasil hoje, o que representa praticamente um terço dos 33,9 milhões de trabalhadores com carteira assinada, de acordo com dados do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Essa terceirização se dá principalmente na saúde, construção civil e setor bancário.

O mesmo estudo indica que, em comparação com o trabalhador direto, o terceirizado fica no emprego 2,6 anos a menos, tem uma jornada de três horas a mais por semana e ganha 27% a menos. Além disso, 80% dos acidentes de trabalho ocorrem com terceirizados, que enfrentam péssimas condições de trabalho e grandes dificuldades para se organizarem enquanto categoria.

Fórum Quadripartite não serve para “melhorar” projeto

Apesar desses indicativos e do pedido de arquivamento do PL das terceirizações, seguem as negociações no Fórum Quadripartite (centrais sindicais, governo, empresários e parlamentares), que foi estabelecido para “negociar” a forma final do PL. A CSP-Conlutas não participa, pois na sua constituição integram apenas com as centrais legalizadas no Ministério do Trabalho.

Entretanto, é preciso frisar: se está sendo pedido o arquivo desse PL por que sua aprovação  implica no aprofundamento e consolidação do trabalho precarizado no Brasil, não há sentido a continuação das negociações nesse fórum. Precisamos deixar claro que esse projeto precisa ser retirado da pauta do Congresso Nacional. Precisamos barrá-lo e não maquiá-lo.

Não há negociação neste caso! Qualquer negociação vai no sentido de aprofundar a terceirização no Brasil. O que temos hoje já é extremamente nefasto aos trabalhadores.

Precisamos denunciar que a proposta do governo para esse PL atende às demandas dos empresários e não dos trabalhadores. O governo Dilma está mostrando para quem governa.

Assim, as centrais sindicais tem de ter um posicionamento firme sobre esse tema. Afinal, vão defender quem? A permanência neste fórum resulta em fortalecer a aprovação do PL das terceirizações. A NCST e a CTB já se retiraram do Fórum. As outras centrais precisam seguir esse caminho.

A nossa atuação deve se dar nas ruas. Vamos fortalecer a luta em defesa do emprego, salários e direitos dos trabalhadores, contra a terceirização. É preciso denunciar e pedir o arquivamento do PL 4330 e fortalecer esta luta com a preparação do 30 de agosto, Dia Nacional de Paralisações, convocado por todas as centrais sindicais.

Fonte: site www.cspconlutas.org.br

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Não é só 11,93% que os bancários querem de aumento salarial

Na contramão da realidade do dia a dia dos bancários e dos lucros exorbitantes dos bancos de 20, 30 e 40% em cima do sofrimento dos bancários e dos trabalhadores usuários dos bancos, a CONTRAF-CUT aprovou na Conferência Nacional dos Bancários a SUA mísera reivindicação de 11,93% de reajuste salarial para a campanha salarial de 2013, mas insiste em dizer que é a categoria bancária que quer.

Será que é só isso mesmo que querem os bancários como dizem os contraficutistas e seus sindicatos filiados? Não, não são os bancários que querem isso; é a Contraf-CUT e seus sindicatos, pau mandados.

Para disfarçar e não cair em desgraça perante a base, dão, com seus discursos e controle absoluto sobre as instâncias deliberativas dos bancários a falsa impressão de que as decisões são tomadas democraticamente.

Se hoje estamos com perdas enormes em relação ao salário mínimo, em relação aos lucros dos bancos, perdas essas que ultrapassam 100% nos bancos públicos desde o início do plano Real é porque a CUT a muito deixou de ser aquela entidade combativa contra patrões e governos que era nas suas origens e tornou-se uma entidade eleitoreira que, tendo chegado ao poder pela via eleitoral burguesa, tornou-se parte dela e sua defensora incondicional em prejuízo dos trabalhadores que, falsamente ainda afirma defender, apenas para não perder sua credibilidade e continuar colocando rédeas nas mobilizações e escamoteando as verdadeiras reivindicações dos trabalhadores.

A oposição bancária precisa unir-se, organizar-se e estruturar-se melhor regional e nacionalmente, intervir mais junto à base bancária, desmascarar a farsa que se tornou a CUT e seus sindicatos e associações governistas e , então começar a disputar e vencer as eleições desses sindicatos e associações para finalmente neutralizar o domínio que a Contraf tem hoje sobre nossos sindicatos e associações.