sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Não é só 11,93% que os bancários querem de aumento salarial

Na contramão da realidade do dia a dia dos bancários e dos lucros exorbitantes dos bancos de 20, 30 e 40% em cima do sofrimento dos bancários e dos trabalhadores usuários dos bancos, a CONTRAF-CUT aprovou na Conferência Nacional dos Bancários a SUA mísera reivindicação de 11,93% de reajuste salarial para a campanha salarial de 2013, mas insiste em dizer que é a categoria bancária que quer.

Será que é só isso mesmo que querem os bancários como dizem os contraficutistas e seus sindicatos filiados? Não, não são os bancários que querem isso; é a Contraf-CUT e seus sindicatos, pau mandados.

Para disfarçar e não cair em desgraça perante a base, dão, com seus discursos e controle absoluto sobre as instâncias deliberativas dos bancários a falsa impressão de que as decisões são tomadas democraticamente.

Se hoje estamos com perdas enormes em relação ao salário mínimo, em relação aos lucros dos bancos, perdas essas que ultrapassam 100% nos bancos públicos desde o início do plano Real é porque a CUT a muito deixou de ser aquela entidade combativa contra patrões e governos que era nas suas origens e tornou-se uma entidade eleitoreira que, tendo chegado ao poder pela via eleitoral burguesa, tornou-se parte dela e sua defensora incondicional em prejuízo dos trabalhadores que, falsamente ainda afirma defender, apenas para não perder sua credibilidade e continuar colocando rédeas nas mobilizações e escamoteando as verdadeiras reivindicações dos trabalhadores.

A oposição bancária precisa unir-se, organizar-se e estruturar-se melhor regional e nacionalmente, intervir mais junto à base bancária, desmascarar a farsa que se tornou a CUT e seus sindicatos e associações governistas e , então começar a disputar e vencer as eleições desses sindicatos e associações para finalmente neutralizar o domínio que a Contraf tem hoje sobre nossos sindicatos e associações.


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