sexta-feira, 12 de julho de 2013

Os bancários no dia 11

O dia 11 foi uma das maiores paralisações da classe trabalhadora realizada no país. Não haveria melhor maneira para nós bancários iniciarmos nossa campanha salarial que participando de uma paralisação geral da categoria.  A categoria bancária por sua tradição de luta e pelo seu peso na economia nacional poderia ter jogado um papel importante no dia 11. Infelizmente a CONTRAF/CUT não indicou a realização de assembleias e a paralisação geral da categoria bancária.
Mas em vários locais, sindicatos ligados a nós do MNOB/CSP-CONLUTAS, CTB, CSD, Bancários Podem Mais, os sindicatos romperam o bloqueio da direção majoritária da CONTRAF e realizaram paralisações de 24 horas. Foi o caso do sindicato do Rio Grande do Norte, Bahia, Espírito Santo, SEEB-Pará, Santa Maria e Porto Alegre. No Pará, a AEBA (Associação dos Funcionários do Banco da Amazônia) organizou a paralisação que teve forte adesão dos funcionários.  Em São Paulo a diretoria do sindicato chegou ao ponto de convocar uma assembléia para véspera  sem que o dia 11 estivesse na pauta. Apresentamos na assembléia uma exigência que o assunto fosse discutido e apresentamos a proposta que os bancários de SP se somassem a mobilização e parassem por 24 horas. Como era uma assembléia muito pequena, com poucos colegas de base e muitos dirigentes sindicais, a proposta não foi aceita.  No Rio e Belo Horizonte o sindicato nem realizou assembléia para discutir o assunto.  Mas em SP os delegados ligados a oposição realizaram atos com paralisações das  onze ao meio dia no Complexo São João do BB e na CEF do Brás. No Rio fizemos ato no Andaraí onde houve uma importante participação de terceirizados. Em BH, nós realizamos um ato no prédio da CSL. No Rio e em São Paulo, os sindicatos, sem qualquer preparação anterior com a categoria, parou somente os bancários das Avenidas Rio Branco e Paulista, onde ocorreram as passeatas.
Com a postura que teve no dia 11, a CONTRAF/CUT demonstra que  pretende repetir o scripit das outras campanhas salarais e evitar unidade com o conjunto da classe trabalhadora, porque sabe que existe uma grande chance de que a campanha salarial saia dos trilhos e que se choque contra o governo e ela perca o controle. O MNOB / CSP-Conlutas fará de tudo para que isso não aconteça. Nesta campanha salarial, queremos conquistar muito mais que 1% de aumento acima da inflação como tem acontecido nos últimos anos. Para isso, é preciso organizar a categoria e somar forças com o restante da classe trabalhadora, que começa a ir às ruas para questionar a política econômica do governo.
 
Bento Jose C. D Ferreira
Executiva do MNOB

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