quinta-feira, 6 de outubro de 2016

RIO DE JANEIRO: Na Caixa, empregados decidem continuar em greve

Em assembleia, ontem à noite na Galeria dos Empregados do Comércio, cerca de 800 empregados da Caixa acataram a orientação do Sindicato e rejeitaram a proposta da empresa de reajuste salarial de 8% mais R$3.500,00 de abono e outras cláusulas do acordo proposto pela Fenaban.
Embalados pelo sucesso do movimento de quarta-feira, quando abraçaram o prédio "Barrosão", empregados de todos os níveis decidiram manter fechadas as portas das agências da Caixa, nesta sexta-feira (7), e realizar assembleia, às 17h para decidir sobre o rumo do movimento. O local será informado em nosso site (www.bancariosrio.org.br).
RH 184
Os oradores não pouparam adjetivos para desqualificar a proposta da empresa em relação à formação de comissão paritária para debater o RH 184, principalmente a função de caixa. Também a formação de um grupo de trabalho, para discutir as regras de descomissionamento da incorporação de função, foi fortemente combatida pelos oradores. "Os GTs sempre foram farsa, a exemplo daquele que discute há anos a isonomia", disse um orador.
Gestores
Os representantes do Sindicato convocaram os trabalhadores a estarem todos na porta das agências para fazer piquete. "Não será com bravata que conseguiremos derrubar o RH 184.
De que adiante botar o adesivo "não" para vir à assembleia e amanhã bater o ponto e trabalhar?" disse o diretor do Sindicato, José Ferreira, acrescentando que um dia de movimento bem sucedido não vai resolver os problemas relacionados ao RH 184. A assembleia aplaudiu com entusiasmo quando se disse que é imoral e injusto com os colegas, votar pela greve e trabalhar no dia seguinte.
Conheça a proposta rejeitada
Na rodada específica realizada de quarta para quinta-feira, a Caixa propôs:
PLR
  • Regra básica da Fenaban, de 90% do salário mais R$2.183,53, limitado a R$11.713,59, mais uma parcela adicional (2,2% do lucro líquido de 2016, dividido pelo número de empregados, limitado a R$4;367.07. Fica assegurado o mínimo de um salário do empregado, se a soma da PLR da Fenaban mais a PLR adicional não atinja esse limite.
  • PLR adicional ou PLR social - Serão destinados 4% do lucro líquido, distribuídos linearmente entre os empregados. Essa regara será mantida por dois anos.
  • Antecipação da PLR – Aprovada a proposta, a Caixa pagará 60% do valor total da PLR devida até 10 dias após a assinatura do acordo.
  • Promoção por mérito - A evolução por mérito fica assegurada por dois anos.
  • Bolsa de estudos – Concessão de 1.600 bolsas: 330 para gradução,500 para pós-graduação e 800 para idiomas.
  • Licença-amamentação – As bancárias mães, inclusive adotivas, com filho de idade inferior a 12 meses, terão descansos dois especiais de meia hora cada, por dia. Em caso de gêmeos, o descanso será de duas horas. Há a opção do descanso por uma hora.
  • Vale cultura – Fica mantido e tem direito o empregado que ganha até oito salários mínimos
  • Férias – A Caixa vai renovar a cláusula referente ao parcelamento do adiantamento de férias em até 10 parecelas.
  • Saúde Caixa – Manutenção do GT Saúde do Trabalhador, do Saúde Caixa e da mesa permanente de negociação. Para a pauta virá a discussão dos impactos decorrentes da implantação de novos processos de trabalho.

Na Caixa, empregados decidem continuar em greve

Em assembleia realizada na Galeria dos Empregados do Comércio, bancários da CEF rejeitaram
proposta e decidiram manter a greve. Nova assembleia é hoje, 17h. O local não foi definido até o
fechamento desta edição e será informado em nosso site (www.bancarios.org.br). Página 2.



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