segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Duas semanas de luta: não tem arrego, banqueiro!

 

Não tem fim de semana que desmobilize a categoria. Em São Paulo, Osasco e região, a segunda-feira teve 1.118 locais de trabalho fechados por mais de 30 mil bancários em greve cobrando proposta decente
Cláudia Motta, Redação Spbancarios
19/9/2016


São Paulo – A greve dos bancários completou duas semanas em todo o Brasil. Os trabalhadores estão com as atividades paralisadas porque os bancos, setor que mais lucra no país, recusam-se a pagar aumento digno aos funcionários. Também disseram não a outras reivindicações fundamentais como mecanismos de proteção ao emprego. Apesar de bater a casa dos R$ 29,7 bilhões de lucro, nos sete primeiros meses deste ano, os bancos extinguiram quase 8 mil postos de trabalho.

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Assim, na segunda-feira 19, 14º de dia paralisação nacional, em São Paulo, Osasco e região, 1.118 unidades foram fechadas por mais de 30 mil bancários em greve, cobrando proposta com aumento digno nos salários, na PLR, nos vales, no auxílio-creche babá, respeito aos empregos, condições de trabalho sem assédio moral ou metas abusivas.

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“Os bancos não fizeram nenhuma proposta decente. Vieram para as duas últimas rodadas de negociação com o Comando Nacional dos Bancários (nos dias 13 e 15) sem nada para apresentar”, lembra Ivone Silva, secretária-geral do Sindicato. “Daí a importância de cada vez mais trabalhadores se somarem à greve, para aumentarmos a pressão sobre os bancos.”

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Carta à população – O Comando Nacional dos Bancários divulgou uma carta aberta à população, para mostrar que os bancos são os culpados pela greve dos bancários.

> Leia a carta aberta na íntegra

“Os trabalhadores cruzam os braços contra o descaso dos banqueiros que insistem em desvalorizar os maiores responsáveis pelos seus elevados lucros, os bancários. A greve é um instrumento de luta dos trabalhadores. Os braços se cruzam contra a desvalorização salarial, metas abusivas, assédio moral, péssimas condições de trabalho, a onda de demissões, entre outras tantas mazelas sem respostas”, diz um trecho do documento.

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